terça-feira, 9 de junho de 2009

Jornal Hoje - 38 anos de História

Rede Globo – jornalismo televisivo padrão

A Rede Globo é a emissora estreou o telejornalismo no Brasil com estilo importado dos Estados Unidos. Os programas jornalísticos da Globo são citados como exemplo de excelência nas universidade e tem características incorporadas em outras emissoras. Considerada como a ditadora dos padrões da mídia imagética pelos furos de reportagem e os prêmios de comunicação conquistados por sua equipe, a Rede, é a pioneira no Brasil.
Os produtos jornalísticos da emissora não estão limitados a televisão, eles são estendidos para livros, DVD e internet que abre espaço para os espectadores conhecerem os bastidores e até participarem da programação através de chats, e-mails ou vídeos caseiros.
O Jornal Hoje (JH) é um telejornal que está entre os principais produtos da emissora, nesse ano, comemorou os seus 38 anos. Estreou em 1971, com a apresentação de Léo Batista e Luís Jatobá. Em 1974 o JH deixa de ser restrito ao Rio de Janeiro e passa a ser exibido em todo o Brasil, contava com dicas críticas musicais, cinematográficas e crônicas do cotidiano.
Com um novo visual, em 1981, o JH passa a ter um estilo diferente e quadros descontraídos com a participação de famosos da casa como o “Gente”, assim como, matérias especiais sobre o meio ambiente. Apresentado por Valéria Monteiro e Márcia Peltier, em 1991, o jornal passa a focar mais na informação em seu conteúdo, a participação ao vivo dos repórteres passou a ter mais freqüência, o tempo destinado a atualidades era a prioridade do programa.
No ano de 1999, Carlos Nascimento, passa a apresentar junto com Carla Vilhena o JH, e posteriormente é promovido a editor-chefe de jornalismo. Em 2003, Sandra Annenberg divide a bancada de apresentadores com Nascimento, e o JH tem sua linguagem novamente modificada e retorna aos moldes de telejornal-revista, com matérias especiais voltadas para arte, cultura, cotidiano e comportamento humano.
O jornalista, Evaristo Costa, começa a integrar a equipe do JH como âncoras junto com Sandra Annenberg, com um clima de descontração o programa persiste na conquista de uma audiência fiel aos estilos e cumplicidade entre os apresentadores, que de uma forma engraçada não perdem o jogo de cintura e o conteúdo jornalístico.
Jornal Hoje – O telejornal “leve” da Rede Globo

O telejornal da Rede Globo “Jornal Hoje” (JH) é transmitido de segunda a sábado das 13h45 até as 14h30 da tarde. A linguagem utilizada é simples e o clima é de descontração entre os apresentadores atuais, os jornalistas Sandra Annenberg e Evaristo Costa. Encadeado na programação da emissora global entre os programas Globo Esporte e o Vídeo Show, o “Jornal Hoje” tem notícias com um teor mais leve, as informações são voltadas para o telespectador que está almoçando com a família ou com os colegas de trabalho, então o padrão obedecido é de um conteúdo mais solto sem matérias pesadas, sangrentas, diversificando os assuntos como economia, política, educação e fatos sociais comuns com matérias especiais sobre o mercado de trabalho, saúde e moda.
Semanalmente são convidados especialistas sobre um área para debater algum assunto de interesse do público. Além disso, o telejornal conta com quadros que contém matérias especiais, o diário “Mundo em Minuto” que faz um resumo de quatro notícias em forma de nota coberta das principais notícias do planeta e o “Notícia do Dia” em forma de nota coberta traz uma noticia nacional de repercussão nos veículos de comunicação. O JH tem, normalmente, três blocos e uma duração de vinte cinco minutos ao todo.
A “Previsão do Tempo” é a prova do clima de descontração entre os apresentadores e a equipe de repórteres. Sempre com muitos risos motivados pelos comentários engraçados dos âncoras os “repórteres meteorológicos” noticiam a temperatura dos estados principais do Brasil. Mas entre uma matéria e outra, Sandra e Evaristo, conversam com uma maneira intimidade de amigos o que permite mais “brincadeiras”. Nesse ano, o telejornal completou trinta e oito anos de sucesso e uma audiência fiel.







Biografia dos Âncoras: Evaristo Costa e Sandra Annenberg

O jornalista, Evaristo Costa, é apresentador do “Jornal Hoje” junto com a também jornalista, Sandra Annenberg, desde 2004. Evaristo é formado pela Universidade de Braz Cubas, Mogi das Cruzes, e já trabalhou em uma produtora de programas para TV e na afiliada da Rede Globo, TV Vanguarda, em São José dos Campos, até ser transferido, em 1999, para a TV Globo de São Paulo. a central paulista Evaristo foi repórter do Mais Você, SPTV, Globo Rural e do Jornal Hoje, onde assumiria a bancada dos âncoras.
Sandra Annenberg tem um vasto repertório na área da comunicação, do teleteatro na TV Cultura aos bastidores da Rede Globo sua vida profissional passou por muitas etapas. Repórter do programa “Crig-Rá”, apresentadora do “Show de Esporte” e “TV Criança” pela Rede Bandeirantes. Na Rede Record apresentou o “Sport Shopping Show, "Super Esporte" e o "TV Franchising". Em 1991 começa a integrar a equipe da Rede Globo, onde já fez “previsão do tempo”, apresentação do “Fantástico” e até chegar ao seu posto atual de âncora do Jornal Hoje.




Referências Bibliográficas

Jornal Hoje – 08/06/2009
www.video.globo.com

Portal Imprensa
www.portalimprensa.uol.com.br

Última Hora Tv
www.ultimahoratv.blogspot.com

Biografia de Sandra Annenberg e Evaristo Costa
www.wikipedia.com.br

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Revista Ocas: além da ótica da comunicação comunitária

A Revista Ocas é um veículo comunitário, sem fins lucrativos, fruto da Organização Civil de Ação Social (OCAS) que desenvolve projetos com as pessoas em situação de risco de rua. Instalada no Brás, em São Paulo, a Ocas tem matérias diversificadas relacionadas a cultura, política, projetos sociais, entrevistas com artistas e sobre o cotidiano de um exército de “invisíveis”, as pessoas que moram nas ruas. A revista é vendida pelos moradores de rua que passam a tê-la como primeira fonte de renda e incentivo para conseguir se enquadrar no mercado de trabalho formal. Feita por uma equipe de jornalistas voluntários que abrem espaço para os interessados em colaborar, inclusive os moradores de rua na coluna “Cabeça sem Teto”, a Ocas, vai além da ótica comunitária, ela consegue recuperar e incluir vidas socialmente através da comunicação.
A idéia do projeto surgiu quando Luciano Rocco, viajou para a Inglaterra, em 1996 e conheceu a revista “The Big Issue”, produzida por jornalistas e vendida por pessoas desabrigadas, para adquirirem uma renda básica e deixarem de pedir esmolas. Durante sua estadia na Europa, Rocco, amadureceu a idéia e decidiu que iniciaria um veículo com a mesma essência da “The Big Issue”, no Brasil, que até o momento não media muitos esforços para transformar a realidade social indigna de milhares de pessoas. Assim, em 2001, nasceu a primeira edição da revista Ocas que passou a ser veiculada em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Atualmente a organização conta com os programas de psicodrama, terapia ocupacional, oficina de criação e o projeto esportivo. Além dos cursos para formar os vendedores e divulgadores da revista. Todos os vendedores recebem um certificado de conclusão do curso e um crachá que os identifica e autoriza a comprar por R$ 1,00 real e vender por R$ 3,00 reais cada publicação, tendo um lucro pessoal de R$ 2,00 reais.
Os desafios para manter um veículo como a Ocas são múltiplos. Porém, o financeiro é que o mais preocupa. Atualmente a instituição tem dívidas em torno de R$ 20 mil. A falta do apoio do órgãos do governo e de patrocínio da iniciativa privada não colabora para a continuação da revista. A assessora de imprensa da revista, Yara Verônica, disse que se não for possível pagar todas as pendências da Ocas a solução final será seu fechamento. “A algum tempo procuramos patrocinadores, mas não conseguimos. Nossa maior dificuldade é porque não podemos divulgar marcas de empresas em nossas edições, somos um revista comunitária, o que podemos veicular são incentivos culturais”, afirmou Yara.
Daniel Gomes, escritor e jornalista, teve sua história de vida modificada pela Ocas. Morador do Carandiru, por muitos anos, ao receber sua liberdade viu-se sem família, casa e emprego, a solução encontrada foi morar nas ruas e pedir esmolas. Depois de algum tempo desabrigado conheceu a revista Ocas, se interessou e começou a participar dos cursos da instituição para ser um vendedor. Hoje, Daniel é um dos colaboradores que mais vende publicações e já viajou pela organização para a Dinamarca e Inglaterra. Ao lembrar de tudo o que passou Daniel diz emocionado: “Sou um exemplo vivo do que a Ocas é capaz de realizar. Todos deveriam apoiar esse projeto que é capaz de regenerar e incluir pessoas socialmente. Não sei onde e como estaria sem conhecer e trabalhar nesse veículo tão transformador e de relevância na constituição de políticas públicas descentes”.
Mensalmente a equipe editorial, os vendedores e voluntários encontram-se na sede da revista, no Brás, para discutir os assuntos das possíveis matérias, saber como está o nível de vendas e a divulgação. Nesses encontros temas atuais relacionados as pessoas em situação de risco de rua são comentados, assim como há a visita de profissionais, como sociólogos e psicólogos, para instruir e participar das conversas. As reuniões ocorrem sempre no primeiro sábado do mês e todos são convidados.

OCAS (Organização Civil de Ação Social)
Rua Campo Sales, 88 – Brás, São Paulo.
Telefone: (11) 3208. 6169

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Olhares

Os olhares já não me incomodam.
Reconheço que sou diferente, na realidade, indiferente.
Os julgamentos e divagações opostas me motivam a divergir, ser contra e me encontrar.
Gosto de pensar,
Insisto em me esconder
Mas persigo o meu encontramento obsoleto em suposições.

Sentido Figurado

O sentido é a junção
A razão é pulverizada, formada por miscigenação e divergências
Sou um sentido figurado, eu assumo
A união de várias partes, faces e momentos
Não sou única, sou múltipla
Estou em vários lugares, em momentos diferentes.
A cada momento sou alguém.
Mas depois de cada segundo eu continuo me desconhecendo.
Enfim, não sei o que decido, se defino ou escolho.
Tudo já está ficando escuro, cheio de vozes e pensamentos confrontados em ideologias diferentes e absurdas.
Até quando tudo estará desencontrado?
Até quando será solidão em sentido figurado?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

DESABITADO





AS LEMBRANÇAS ESTÃO VIVAS EM MINHA MENTE

TUDO O QUE VEJO AGORA É PELÍCULA

AS IMAGENS CIRCULAM EM MEUS OLHOS INTERNOS COMO FILMES

CADA MANHÃ,

BOM DIA,

EXPRESSÃO,

FALA E TRANSFORMAÇÃO,

VÊM A TONA.

TUDO POR AQUI ANDA MEIO QUE DESABITADO

NA REAL, SÓ EU PERSISTI EM TRILHAR ESSE CAMINHOS

COMO SINTO SAUDADES

AS VOZES JÁ NÃO SE CHOCAM
OS GRITOS RETIDOS NÃO SÃO MAIS TÃO IMPORTANTES

O PRIMEIRO ANO, TANTAS ILUSÕES

NO SEGUNDO ANO, FRUSTAÇÕES,

HOJE, NO TERCEIRO DIA, MÚLTIPLAS INDAGAÇÕES.

ELEVADO AO CUBO O “SER OU NÃO SER” POR UM VIÉS JORNALÍSTICO DO

ENTENDER OU SE VENDER

OBSERVO TUDO QUE RESTOU...

UM LÁPIS, VESTÍGIOS DE BORRACHA E UM PAPEL EM BRANCO.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Crise do Capital Fictício


“(...) o bom governante deve aprender com os mais velhos, seja para evitar cometer os mesmos erros, seja para ter exemplos de como se vence (...)”
Nicolau Maquiavel

A crise financeira americana, reflexo do descontrole hipotecário imobiliário, vêm afetando a economia mundial. Entre diversas injeções bilionárias de dólares no mercado, assistimos a decadência econômica dos Estados Unidos e de seus aliados. Desde 1941 não se tinham resultados tão deploráveis, mas o que surpreende é ter extrapolado os déficits da quebra da bolsa de 1929, essa crise atual já é a maior da história americana.
Os gastos sem rumo controlado com as hipotecas que ofereciam garantias de compra em infinitos produtos literalmente faliram o mercado interno americano e a porcentagem crescente de inadimplência tem colaborado absurdamente, isso fez com um efeito dominó surgisse na economia estadunidense, levando bancos importantíssimos a quebra, como o Lehman Brothers.Talvez isso seja a principal motivação para alguns bancos já estarem vendendo casas à US$ 1,00 (um dólar), exatamente esse valor, isento de cobranças de impostos e documentos que legalizam o imóvel, tudo feito para evitar gastos, uma vez que vender é mais fácil do que manter para a “pós-crise”. Outro fato não estimulante, segundo a Gazeta Mercantil em 23/10, é sobre as empresas americanas, aonde um quarto prevêem demissões e 25% já não contratam mais funcionários, isso é um sinal agravante, pois se o número de desemprego aumenta não há consumo, acabando por desmoronar o mercado interno.
No Brasil, inicialmente a crise parecia que nunca iria chegar pelo país não depender exclusivamente dos EUA ao expandir os seus parceiros de mercado no oriente médio, África, Europa e na América Latina. Ao analisarmos as prematuras declarações de Lula, Guido Mantega e companhia, os Estados Unidos parecia ser um país isolado em outro planeta. Porém o discurso mudou, no último 22/10, quando Lula perdeu o “medo” e falou em resposta aos questionamentos sobre a solidez econômica, afirmando as medidas que seriam tomadas para amenizar os efeitos da crise internacional no Brasil. Reduzir gastos, proteger as empresas do setor privado que mais geram empregos e não paralisar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), são prioridade para o governo.
Porém os discursos otimistas de Lula, não convêm com a realidade atual, que segue com as quedas crescentes da Bolsa de Valores, a alta dos juros (170,2% apenas no cheque especial), o aumento do risco país Brasil, queda da adesão de empréstimos aos bancos de grande porte, dificuldades em financiamentos para pessoas físicas e o aumento da inflação, exemplifiquem para nosso presidente o que vivemos, nós brasileiros.
Todos, inclusive o Brasil, aguardam ansiosamente por uma resposta, porém não é possível especular término para essa tensão temerosa internacional. Espera-se uma melhora na retomada da confiança dos investidores após a divulgação da lista dos indicadores de nível de atividade dos países desenvolvidos, que trará uma certa segurança sobre qual país oferece menos riscos para o destino de capital. Outro resultado muito esperado são as medidas encontradas pela Cúpula do G20, no próximo de 15 de novembro em Washington, pelos principais líderes de países em desenvolvimento e industrializados.
Em 1929 a crise partiu da depreciação do setor agrícola e industrial, em 2008 o apontamento crucial está no mercado imobiliário, porém acredito que não se deve isolar assim um problema tão amplo. Considerando a complexidade de um mercado baseado na retenção de maior capital, agrego a “culpa” de uma forma geral a especulação, ou seja, ao capital imaginário, aquele que sem existir já está sendo gasto ou valorizado sem garantia de vir a ser real. Acredito num prolongamento da crise, até que o capitalismo venha novamente se reerguer seduzindo e recrutando com fórmulas mágicas de financiamento novos compradores, já que a máquina mundial de lucro pode entrar em recessão mas nunca em extinção.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

“Arquitetura da Destruição”


O título “Arquitetura da Destruição”, condiz naturalmente com o contexto exposto ao longo do documentário, aonde Hitler é colocado além daquela imagem superficial de líder político terminantemente persuasivo, imperativo e anti-semita mostra-se o seu lado artístico e as influências que o levaram a criar a ideologia nazista que tinha por obstinação a construção de uma sociedade “limpa” esteticamente.
O discurso político de Hitler baseava-se numa idéia estética pessoal com excelência em perfeição, que seria alcançada com a formulação de um Novo Estado, aonde a bagagem cultural anterior ficaria póstuma ao novo conceito do que era correto a arte classicista com forte ascêndia grega. A estética vem para atuar como estratégia de mornar e deixar a consciência alemã sem remorso, as execessivas propagandas publicitárias, exposições e depoimentos políticos ao público, deixavam isso cada cada vez mais claro. Os verdadeiros ideias do governo ditatorial nazista eram o de adquirir expansão territorial, industrial e estabilidade econômica e se escondiam atrás do discurso de que o anti-semitismo exterminativo garantiria a saúde alemã.
Incentivados pela ideologia hitleriana, o nazismo, seguia-se firme e forte em seus preceitos. As vidas exterminadas, eram encaradas com normalidade e frieza. Deveriam ser mortos todos que fugissem do padrão saudável - portadores de necessidades especiais - , e os que aferiam tributo de corrompimento à raça ariana - judeus, ciganos, homossexuais, eslavos e maçons-, sempre ressaltando que com essas mortes a identidade alemã estava sendo fortificada.
Havia uma grande manipulação em torno de todos os aspectos sociais, fossem nas propagandas que ridicularizavam o feio, na eutanásia que eliminava os estereótipos “doentes”, no cinema que exaltava os alemães, nas artes que alicerçava os componentes para o novo governo, nas grandiosas e monumentais construções com semelhança notável grego-romana, (...). Tudo refletia a obsessão que Hitler possuía em realizar suas ambições, seus desejos. Uma arquitetura destrutiva e destrutível, assim foi a hitleriana, que devastou milhares de vidas inocentes para supostamente varrer a sujeira de uma nação dando-lhe harmonia e ápice belo. Traída pela sua própria “estética”, foi ridicularizada quando vencida, por ofender a moralidade humana em níveis globais e também por ser uma ameaça militar.